1. A oferta com
espírito de barganha não honra a Deus
Neste tipo de
oferta, o ofertante não visa o Senhor e sua Obra, mas unicamente a si
próprio. Tal ofertante vive na
perspectiva do “toma lá, da cá”. Toda oferta com este propósito não honra a
Deus.
Ana é um
exemplo de quem servia a Deus por fé e amor, e jamais pelo espírito de
barganha.
Primeiro: Ana faz um pedido a Deus
“E
votou um voto, dizendo: Senhor dos
Exércitos! Se benignamente atentares
para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não
esqueceres, mas a tua serva deres um filho varão...”(1 Sm 1:11)
Segundo: Ana recebe o que pediu
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu
nome Samuel, porque dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.”
(1 Sm 1:20)
Terceiro: Depois de receber o que pediu, devolve a
Deus o que foi pedido
“Por
este menino orava eu; e o Senhor me
concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o
entreguei, por todos os dias que viver; pois ao Senhor foi pedido. E ele adorou ali ao Senhor “ (1 Sm
1:27,28).
Ana nos
ensina, que nós podemos honrar a Deus,
quando assim o fazemos. Muitos não
recebem maiores bençãos porque falham neste ponto: Pedem a Deus, o que depois
não querem devolver para Ele.
Nunca peça
para Deus, aquilo que você não poderá lhe devolver. Todos
aqueles que pedem, e depois de receberem, devolvem para Deus o que foi pedido; tal atitude tem a
marca da honra.
Que lindas e
significativas, são as palavras de Daví
a respeito em 1 Crônicas 29:14 “Porque quem sou eu, e quem
é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes
coisas ?
Porque tudo
vem de Ti, e da tua mão to damos.”
2. Oferta como
esmola não honra a Deus
Há cristãos
que são reprovados no ato de ofertar, porque o fazem como quem dá uma esmola.
É oportuno
destacar a seguinte ilustração contada pelo caro amigo, pastor Edi Marcos
Vinagre de Lima em uma de suas ministrações sobre Liberalidade Cristã:
“O
crente passa pelo centro da cidade, e vê um deficiente pedindo um trocado, então se comove, abre a carteira e lhe dá uma
moeda. Pára no farol, um menino bate no vidro do carro e lhe pede
um trocado, ele novamente se comove, e dá uma moedinha.
Quando
chega ao templo para o culto, canta,
glorifica, e até fala em línguas e recebe bençãos. Mas, quando chega o momento de
ofertar, se “comove novamente”, abre a carteira o oferece
ao Senhor Deus, a mesma moedinha que deu ao deficiente e ao menino do farol.
Em
outras palavras, tanto o deficiente como o menino do farol, representam para
este crente o mesmo valor – a mesma importância que Deus e sua Obra. Esta falta de consciência tem levado
muitos crentes a uma vida de miséria,
pois, quando ofertam, trazem
somente o resto. Quando abrem a
carteira ou a bolsa no culto, procuram
entre as melhores notas, as famosas
moedinhas.
Natanael
Passos, um querido amigo, não oferta ou dizima se as notas estiverem
velhas e danificadas. No ato precioso de
ofertar, Natanael é regido pelo
principio da honra segundo a Palavra de Deus em Provérbios 3:9,10
“Honra
ao Senhor com a tua fazenda,
e com as primícias de toda a tua renda.
E se encherão os teus celeiros
abundantemente, e transbordarão de mosto
os teus lagares.”
3. Oferta movida
por sentimentos não honra a Deus
Por certo
você já ouviu algum crente que diz: “Eu
só oferto quando eu sinto” , “se eu
sentir eu dou” “enquanto eu não sentir, eu não oferto”.
Esta postura,
além de não ter respaldo bíblico, demonstra a verdade inconteste de que nossos
sentimentos são instáveis, momentâneos e
por vezes, eles nos enganam. “Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá ?” (Jr 17:9).
Observemos o
texto de 1 Coríntios 16:2
“No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar,
conforme a sua prosperidade...”
Primeira
lição:
Que
a oferta baseia-se no caráter individual
“cada
um de vós” (1 Co 16:2)
Notemos
Deuteronômio 16:17, que fala desta verdade:
“Cada qual, conforme o dom da sua
mão, conforme a benção que o Senhor, teu
Deus, te tiver dado.”
Segunda
lição:
Que
a oferta deve ter caráter prioritário
“cada um de vós ponha de parte” (1 Co
16:2).
Isto significa,
que devo chegar no culto já com minha oferta separada para o Senhor.
No Antigo
Testamento, o Senhor ordenava ao povo de Israel, nunca vir para o culto de mãos
vazias: “...ninguém apareça
de mãos vazias perante mim.” (Ex 23:15).
Certa vez
estava em uma igreja para pregar a Palavra de Deus, e no importante momento das ofertas, o pastor presidente daquela igreja, se
desculpou ao diácono, dizendo:
-
Eu esqueci a minha carteira no outro paletó...
Um pastor que
estava mais atrás disse:
-
Essa é velha !...
Pelo silencio que fez e pelo rosto
avermelhado que ficou, concluí, que isto ele fazia freqüentemente; raramente trazia sua oferta ao Senhor. Penso até hoje, como deve estar aquela
igreja? Porque se o próprio pastor não
honra a Deus na contribuição, o que se
espera da igreja ?
Terceira lição:
Que
a oferta deve estar vinculada ao caráter da proporcionalidade de nossos
rendimentos:
“cada um de vós ponha de parte o que puder
ajuntar, conforme a sua prosperidade...” (1 Co 16:2)
Notemos que a
Palavra de Deus não diz: “cada um ponha
de parte o que sentir, conforme o seu sentimento” (por certo muitos crentes avarentos,
gostariam que assim estivesse escrito).
O que a
Bíblia nos ensina, é que a contribuição cristã deve ser metódica e regular. Como
bem escreveu o Pastor Josué de Oliveira, em seu livro “O Dízimo”:
“Note-se
bem a primeira parte do texto sagrado de 1 Coríntios 16:2, que no primeiro dia da semana, cada membro da
igreja em Corinto, deveria dispor a parte o que pudesse ajuntar, conforme a sua
renda.
Como
se pode ver, de acordo com os preceitos do Novo Testamento, a contribuição, além de ser
voluntária, tem de ser metódica. Os
que defendem a “voluntariedade da contribuição a seu modo”, nem sempre são
metódicos.
As
suas contribuições, via de regra, são
avulsas e desorganizadas.”
Paulo avisa
por carta os crentes de Corinto, que colocassem sua contribuição para o
primeiro dia da semana (Ele estava ensinando aqueles crentes que nossa
contribuição deve ter regularidade).
Imaginem se aqueles crentes dissessem: “Paulo,
lamentamos te informar que só traremos nossas ofertas e dízimos, quanto
sentirmos; por enquanto, ainda não
sentimos...”. Que caos financeiro
entraria aquela igreja.
Meus irmãos tenhamos
sempre em mente as necessidades diárias e mensais da igreja local onde servimos
ao Senhor. As Companhias de luz , água
e telefone, não enviam para a igreja as
contas, quando seus diretores sentem mandar. Chegou o dia do vencimento,
deve-se enviar o pagamento, ou ficar sem estes serviços. Assim, como tantos outros inúmeros
gastos (sustento de obreiros e missionários, construção de templos, programas
de rádio e tv, impressão de literaturas bíblicas, obras sociais, etc.)
Imaginem um
pastor que dirige uma igreja, que só contribui quando seus membros
“sentem”. Por certo, em pouco tempo
esta igreja fechará suas portas.
Oferta não é
sentimento, deve ser metódica, e com
regularidade e responsabilidade.
4. Oferta
defeituosa não honra a Deus
O Senhor foi
desonrado nas ofertas do povo, nos dias do profeta Malaquias, porque traziam ao
altar da Casa de Deus ofertas defeituosas, quando
podiam trazer o melhor para Deus.
“Ofereceis sobre o meu altar
pão imundo e dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.
Porque quando trazeis animal
cego para o sacrificardes, não faz mal!
E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo,
não faz mal! Ora, apresenta-o
ao teu príncipe; terá ele agrado de ti?
Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Agora, pois, suplicai o favor
de Deus, e ele terá piedade de nós; isto
veio da vossa mão; aceitará ele a vossa
pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Quem há também entre vós que
feche as portas e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós , diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oblação.
Desde o nascente do sol até ao
poente, será grande entre as nações o
meu Nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu Nome incenso e uma
oblação pura; porque o meu Nome será
grande entre as nações, diz o Senhor dos
Exércitos.
Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu
produto, a sua comida, é desprezível.
E dizeis: Eis aqui,
que canseira! E o lançastes ao
desprezo, diz o Senhor dos Exércitos: vós ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o
Senhor.
Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e
oferece ao Senhor uma coisa vil; porque
Eu Sou grande Rei, diz o Senhor dos
Exércitos, o meu Nome será tremendo entre as nações.” (Ml 1:7-14)
Primeiro:
Uma
das maneira de como Deus avalia a nossa adoração, é pelo nosso ofertar e
dizimar.
Naqueles dias
havia uma crise espiritual tão profunda no povo de Israel, que tudo que traziam
como oferta a Deus no seu altar, refletia o seu real estado espiritual e a
péssima qualidade na adoração.
Você sabia
que se pode medir o nível de adoração, pela disposição em ofertar e dizimar na
Casa de Deus ? Pelo termômetro da
tesouraria se diagnostica a qualidade de adoração de uma igreja. Pode conferir caro(a) leitor(a), porque isto
é veraz. Igrejas que dão esmolas pra
Deus, não adoram este Deus. Porque
adorar é tributar ao Senhor o melhor.
Recentemente
ouvi um testemunho de um irmão com muitos anos de fé, que confessou após ter
sido tocado por Deus para honrar a Deus
com suas primícias. Este irmão disse, que havia se acostumado durante toda a sua
vida, a depositar na salva de ofertas, vinte e cinco centavos; mesmo tendo um
bom rendimento. Hoje, sente vergonha, em
ter feito durante estes anos, do santo ato de dar, uma esmola.
Segundo:
Achamos
que somente o ímpio e o mundo sem Deus, é que profanam a Deus.
Mas a Palavra
nos declara, que o ofertante que oferece
a Deus, oferta defeituosa desonra a Deus:
“Ofereceis sobre o meu altar pão
imundo e dizeis: Em que te havemos
profanado? Nisto, que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível.” (Ml 1:7)
Terceiro:
O ofertante que desonra a Deus com oferta defeituosa,
vive a política maligna do “não faz mal”.
“Porque quando trazeis animal cego para o
sacrificardes, não faz mal! E, quando
ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz
mal! Ora, apresenta-o ao teu
príncipe; terá ele agrado de ti? Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor
dos Exércitos.” (Ml 1:8)
Neste
capítulo primeiro do profeta Malaquias vemos o Senhor irritado. Porque quando falta excelência em nosso
serviço para Ele, falta honra no que fazemos.
Um serviço excelente traz em cada detalhe a marca da honra. Se desejarmos agradá-lo, tudo o que fizermos
deve ser regido pela excelência. Jamais
nos esqueçamos que o caminho da excelência sempre leva a honra.
Conheci um
querido diácono, que certo dia ao chegar ao templo, o encontrei varrendo o pátio; e o fazia com todo amor e primor. Lembro-me que lhe disse:
- Meu irmão, você está trabalhando muito.
Notei, que
ele parou, sorriu para mim; e com
lágrimas no rosto, olhou para cima e disse do fundo da sua alma:
- É para o meu Senhor!... E, para o meu Senhor, o melhor!
Quarto:
Que existe ainda uma solução
para quem traz para Deus oferta defeituosa:
É se converter inteiramente ao Senhor, suplicar pela sua misericórdia e
mudar a sua maneira de ofertar.
Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e ele terá
piedade de nós; isto veio da vossa
mão; aceitará ele a vossa pessoa? – diz
o Senhor dos Exércitos. (Ml 1:9)
Quinto:
Quem prossegue trazendo oferta
defeituosa, é candidato em potencial para ser amaldiçoado:
“Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida, é desprezível.
E dizeis:
Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos Exércitos: vós ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o
Senhor.
Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e
oferece ao Senhor uma coisa vil; porque
Eu Sou grande Rei, diz o Senhor dos
Exércitos, o meu Nome será tremendo entre as nações.” (Ml 1:12-14)
Aprendamos a honrar ao Senhor oferecendo a Ele o nosso melhor; assim
como fez o rei Davi:“...porque não oferecerei
ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada...” (2 Sm 24:24)
O patriarca Abraão foi um homem verdadeiramente próspero e rico.
Notemos algumas marcas na vida de Abraão que explicam claramente a
benção da prosperidade em sua vida:
Primeira:
Abraão tinha a marca da
Promessa:
“E far-te-ei uma grande nação, e
abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma benção” (Gn
12:2)
Segunda:
Abraão aprendeu desde cedo a
dizimar:
“...E deu-lhe o dízimo de
tudo.” (Gn 14:20)
Terceira:
Abraão deu ao Senhor o seu
melhor:
“E aconteceu, depois destas
coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe:
Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, a Isaque,a quem amas, e
vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas,
que eu te direi.
Então, se levantou Abraão pela
manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus
moços e Isaque, seu filho; e fendeu
lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.” (Gn 22:1-3)
Deus fará prosperar na terra, todo aquele que busca dar sempre o seu
melhor para Deus. Abraão ao subir o
Monte Moriá em completa obediência,
trouxe ao Senhor, o que mais amava; seu filho único, Isaque.
Honrar a Deus, é exatamente isto:
Dar a Ele o nosso melhor.
5. Oferta com
sentimento de quem se livra de uma prestação, não honra a Deus
Muitos crentes
ao ofertarem e dizimarem tem na contribuição, não um prazer, um motivo de
adoração e gratidão; mas, um desencargo,
um alivio. Muitos, no momento que
entregam sua oferta, vão tristes e como o coração apertado. E, se pudéssemos ouvir suas almas, por certo
ouviríamos:
- Ufa!...Consegui!...
Tais
ofertantes não podem jamais honrar a Deus.
Pois, o Senhor não se agrada de quem oferta ou dizima, como quem se livra de uma prestação das Casas Bahia.
Por certo,
contribuir assim, é um pesado
fardo; quando na verdade, deve ser um ato de fé e de grande alegria:
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração,
não com tristeza ou por necessidade;
porque Deus ama ao que dá com alegria.” (1 Co 9:7)
Pastor Marcos Antonio
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