segunda-feira, 8 de outubro de 2012

CINCO TIPOS DE OFERTAS QUE NÃO HONRAM A DEUS





1. A oferta com espírito de barganha não honra a Deus

Neste tipo de oferta, o ofertante não visa o Senhor e sua Obra, mas unicamente a si próprio.   Tal ofertante vive na perspectiva do “toma lá, da cá”.   Toda oferta com este propósito não honra a Deus.
Ana é um exemplo de quem servia a Deus por fé e amor, e jamais pelo espírito de barganha.                                        
                                                                                                       
Primeiro:   Ana faz um pedido a Deus 
“E votou um voto, dizendo:  Senhor dos Exércitos!   Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas a tua serva deres um filho varão...”(1 Sm 1:11)

Segundo:   Ana recebe o que pediu       
“E sucedeu que, passado algum tempo,  Ana concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome  Samuel,  porque dizia ela, o tenho pedido ao Senhor.” (1 Sm 1:20)

Terceiro:   Depois de receber o que pediu, devolve a Deus o que foi pedido 
“Por este menino orava eu;  e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido.    Pelo que também ao Senhor eu o entreguei,  por todos os dias que viver;  pois ao Senhor foi pedido.  E ele adorou ali ao Senhor “ (1 Sm 1:27,28).
    
Ana nos ensina, que nós podemos honrar  a Deus, quando assim o fazemos.   Muitos não recebem maiores bençãos porque falham neste ponto: Pedem a Deus, o que depois não querem devolver para Ele.
Nunca peça para Deus, aquilo que você não poderá lhe devolver.  Todos  aqueles que pedem, e depois de receberem, devolvem  para Deus o que foi pedido; tal atitude tem a marca da honra.  

Que lindas e significativas,  são as palavras de Daví a respeito em 1 Crônicas 29:14  “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas ?
Porque tudo vem de Ti, e da tua mão to damos.”

2.   Oferta como esmola não honra a Deus

Há cristãos que são reprovados no ato de ofertar, porque o fazem como quem dá uma esmola.
É oportuno destacar a seguinte ilustração contada pelo caro amigo, pastor Edi Marcos Vinagre de Lima em uma de suas ministrações sobre Liberalidade Cristã: 
“O crente passa pelo centro da cidade, e vê um deficiente pedindo um trocado,  então se comove, abre a carteira e lhe dá uma moeda.   Pára no farol,  um menino bate no vidro do carro e lhe pede um trocado, ele novamente se comove, e dá uma moedinha.
Quando chega ao templo para o culto,  canta, glorifica, e até fala em línguas e recebe bençãos.    Mas, quando chega o momento de ofertar,  se  “comove novamente”, abre a carteira o oferece ao Senhor Deus, a mesma moedinha que deu ao deficiente e ao menino do farol.
Em outras palavras, tanto o deficiente como o menino do farol, representam para este crente o mesmo valor – a mesma importância que Deus e sua Obra.       Esta falta de consciência tem levado muitos crentes a uma vida de miséria,  pois, quando ofertam,  trazem somente o resto.    Quando abrem a carteira ou a bolsa no culto,  procuram entre as melhores notas,  as famosas moedinhas.
Natanael Passos, um querido amigo, não oferta ou dizima se as notas estiverem velhas e danificadas.  No ato precioso de ofertar,  Natanael é regido pelo principio da honra segundo a Palavra de Deus em Provérbios 3:9,10   
“Honra ao Senhor com a tua  fazenda, e com as primícias de toda a tua renda.    E se encherão  os teus celeiros abundantemente,  e transbordarão de mosto os teus lagares.” 

3.  Oferta movida por sentimentos não honra a Deus

Por certo você já ouviu algum crente que diz: “Eu só oferto quando eu sinto” , “se eu sentir eu dou” “enquanto eu não sentir, eu não oferto”.
Esta postura, além de não ter respaldo bíblico, demonstra a verdade inconteste de que nossos sentimentos são instáveis,  momentâneos e por vezes, eles nos enganam.   “Enganoso é o coração do homem,  mais do que todas as coisas, e perverso;   quem o conhecerá ?” (Jr 17:9).
Observemos o texto de 1 Coríntios 16:2   
“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade...”

Primeira lição:  
Que a oferta baseia-se no caráter individual      
“cada um de vós” (1 Co 16:2)
Notemos Deuteronômio 16:17, que fala desta verdade:  “Cada qual, conforme o dom da sua mão,  conforme a benção que o Senhor, teu Deus, te tiver dado.”

Segunda lição: 
Que a oferta deve ter caráter prioritário    
cada um de vós ponha de parte” (1 Co 16:2). 
Isto significa, que devo chegar no culto já com minha oferta separada para o Senhor.
No Antigo Testamento, o Senhor ordenava ao povo de Israel, nunca vir para o culto de mãos vazias:  “...ninguém apareça de mãos vazias perante mim.” (Ex 23:15).
Certa vez estava em uma igreja para pregar a Palavra de Deus,  e no importante momento das ofertas,  o pastor presidente daquela igreja, se desculpou ao diácono, dizendo:
- Eu esqueci a minha carteira no outro paletó...
Um pastor que estava mais atrás disse:
- Essa é velha !...
Pelo silencio que fez e pelo rosto avermelhado que ficou, concluí, que isto ele fazia freqüentemente;   raramente trazia sua oferta ao Senhor.       Penso até hoje, como deve estar aquela igreja?  Porque se o próprio pastor não honra a Deus na contribuição,  o que se espera da  igreja ?

Terceira  lição:  
Que a oferta deve estar vinculada ao caráter da proporcionalidade de nossos rendimentos:  
cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade...” (1 Co 16:2)
Notemos que a Palavra de Deus não diz: “cada um ponha de parte o que sentir, conforme o seu sentimento”  (por certo muitos crentes avarentos, gostariam que assim estivesse escrito).
O que a Bíblia nos ensina, é que a contribuição cristã deve ser metódica e regular.   Como bem escreveu o Pastor Josué de Oliveira, em seu livro  “O Dízimo”:   
“Note-se bem a primeira parte do texto sagrado de 1 Coríntios 16:2,  que no primeiro dia da semana, cada membro da igreja em Corinto, deveria dispor a parte o que pudesse ajuntar, conforme a sua renda.    
Como se pode ver, de acordo com os preceitos do Novo                                                                                               Testamento, a contribuição, além de ser voluntária, tem de ser metódica.    Os que defendem a “voluntariedade da contribuição a seu modo”, nem sempre são metódicos.  
As suas contribuições, via de regra,  são avulsas e desorganizadas.”

Paulo avisa por carta os crentes de Corinto, que colocassem sua contribuição para o primeiro dia da semana (Ele estava ensinando aqueles crentes que nossa contribuição deve ter regularidade).     Imaginem se aqueles crentes dissessem:  “Paulo, lamentamos te informar que só traremos nossas ofertas e dízimos, quanto sentirmos; por enquanto,  ainda não sentimos...”.  Que caos financeiro entraria aquela igreja.
Meus irmãos tenhamos sempre em mente as necessidades diárias e mensais da igreja local onde servimos ao Senhor.    As Companhias de luz , água e telefone,  não enviam para a igreja as contas, quando seus diretores sentem mandar. Chegou o dia do vencimento, deve-se enviar o pagamento, ou ficar sem estes serviços.         Assim, como tantos outros inúmeros gastos (sustento de obreiros e missionários, construção de templos, programas de rádio e tv, impressão de literaturas bíblicas, obras sociais, etc.)
Imaginem um pastor que dirige uma igreja, que só contribui quando seus membros “sentem”.   Por certo, em pouco tempo esta igreja fechará suas portas.  
Oferta não é sentimento, deve ser metódica,  e com regularidade e responsabilidade.

4. Oferta defeituosa não honra a Deus

O Senhor foi desonrado nas ofertas do povo, nos dias do profeta Malaquias, porque traziam ao altar da Casa de Deus ofertas defeituosas, quando podiam trazer o melhor para Deus.
“Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis:   Em que te havemos profanado?  Nisto, que dizeis:  A mesa do Senhor é desprezível.
Porque quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal!    E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo,  não faz mal!     Ora, apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado de ti?  Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e ele terá piedade de nós;  isto veio da vossa mão;   aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Quem há também entre vós que feche as portas e não acenda debalde o fogo do meu altar?   Eu não tenho prazer em vós ,  diz o Senhor dos Exércitos,  nem aceitarei da vossa mão a oblação.
Desde o nascente do sol até ao poente,   será grande entre as nações o meu Nome;    e, em todo lugar,  se oferecerá ao meu Nome incenso e uma oblação pura;   porque o meu Nome será grande entre as nações,  diz o Senhor dos Exércitos.
     Mas vós o profanais,  quando dizeis:   A mesa do Senhor é impura, e o seu produto,  a sua comida, é desprezível.
E dizeis:   Eis aqui,  que canseira!   E o lançastes ao desprezo,  diz o Senhor dos Exércitos:     vós ofereceis o roubado,  e o coxo, e o enfermo;  assim fazeis a oferta;   ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o Senhor.
Pois maldito seja o enganador,  que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil;   porque Eu Sou grande Rei,  diz o Senhor dos Exércitos, o meu Nome será tremendo entre as nações.” (Ml 1:7-14)
                                                                                                                
Primeiro: 
Uma das maneira de como Deus avalia a nossa adoração, é pelo nosso ofertar e dizimar.    
Naqueles dias havia uma crise espiritual tão profunda no povo de Israel, que tudo que traziam como oferta a Deus no seu altar, refletia o seu real estado espiritual e a péssima qualidade na adoração. 
Você sabia que se pode medir o nível de adoração, pela disposição em ofertar e dizimar na Casa de Deus ?   Pelo termômetro da tesouraria se diagnostica a qualidade de adoração de uma igreja.   Pode conferir caro(a) leitor(a), porque isto é veraz.   Igrejas que dão esmolas pra Deus, não adoram este Deus.   Porque adorar é tributar ao Senhor o melhor.
Recentemente ouvi um testemunho de um irmão com muitos anos de fé, que confessou após ter sido tocado por Deus  para honrar a Deus com suas primícias.   Este irmão disse,  que havia se acostumado durante toda a sua vida, a depositar na salva de ofertas, vinte e cinco centavos; mesmo tendo um bom rendimento.  Hoje, sente vergonha, em ter feito durante estes anos, do santo ato de dar, uma esmola.

Segundo:  
Achamos que somente o ímpio e o mundo sem Deus, é que profanam a Deus. 
Mas a Palavra nos declara, que o ofertante  que oferece a Deus, oferta defeituosa desonra a Deus:    “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e dizeis:   Em que te havemos profanado?  Nisto, que dizeis:  A mesa do Senhor é desprezível.” (Ml 1:7)
                                                                                           
Terceiro:  
   O ofertante que desonra a Deus com oferta     defeituosa,  vive a política maligna do “não faz mal”. 
“Porque quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal!    E, quando ofereceis o coxo ou o enfermo,  não faz mal!     Ora, apresenta-o ao teu príncipe;  terá ele agrado de ti?  Ou aceitará ele a tua pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.”  (Ml 1:8)
Neste capítulo primeiro do profeta Malaquias vemos o Senhor irritado.   Porque quando falta excelência em nosso serviço para Ele, falta honra no que fazemos.   Um serviço excelente traz em cada detalhe a marca da honra.   Se desejarmos agradá-lo, tudo o que fizermos deve ser regido pela excelência.  Jamais nos esqueçamos que o caminho da excelência sempre leva a honra.
Conheci um querido diácono, que certo dia ao chegar ao templo, o encontrei varrendo o pátio;  e o fazia com todo amor e primor.   Lembro-me que lhe disse:
- Meu irmão, você está trabalhando muito.
Notei, que ele parou, sorriu para mim;  e com lágrimas no rosto, olhou para cima e disse do fundo da sua alma:
- É para o meu Senhor!... E,  para o meu Senhor, o melhor!

Quarto:  
Que existe ainda uma solução para quem traz para Deus oferta defeituosa: 
É se converter inteiramente ao Senhor, suplicar pela sua misericórdia e mudar a sua maneira de ofertar.
Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e ele terá piedade de nós;  isto veio da vossa mão;   aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos. (Ml 1:9)

Quinto:  
Quem prossegue trazendo oferta defeituosa, é candidato em potencial para ser amaldiçoado:
     “Mas vós o profanais,  quando dizeis:   A mesa do Senhor é   impura, e o seu produto,  a sua comida, é desprezível.
E dizeis:   Eis aqui,  que canseira!   E o lançastes ao desprezo,  diz o Senhor dos Exércitos:     vós ofereceis o roubado,  e o coxo, e o enfermo;  assim fazeis a oferta;   ser-me-á aceito isto de vossa mão ? – diz o Senhor.
Pois maldito seja o enganador,  que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil;   porque Eu Sou grande Rei,  diz o Senhor dos Exércitos, o meu Nome será tremendo entre as nações.” (Ml 1:12-14)

Aprendamos a honrar ao Senhor oferecendo a Ele o nosso melhor; assim como fez o rei Davi:“...porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada...”  (2 Sm 24:24)
O patriarca Abraão foi um homem verdadeiramente próspero e rico.
Notemos algumas marcas na vida de Abraão que explicam claramente a benção da prosperidade em sua vida:

Primeira: 
Abraão tinha a marca da Promessa
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma benção” (Gn 12:2)

Segunda: 
Abraão aprendeu desde cedo a dizimar: 
“...E deu-lhe o dízimo de tudo.”  (Gn 14:20)
                                                                                                              
Terceira:
Abraão deu ao Senhor o seu melhor: 
E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe:  Abraão!   E ele disse:  Eis-me aqui.
E disse:   Toma agora o teu filho,  o teu único filho, a Isaque,a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho;  e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.” (Gn 22:1-3)
Deus fará prosperar na terra, todo aquele que busca dar sempre o seu melhor para Deus.  Abraão ao subir o Monte Moriá  em completa obediência, trouxe  ao Senhor, o que mais amava;   seu filho único, Isaque.
Honrar a Deus, é exatamente isto:  Dar a Ele o nosso melhor.

   5. Oferta com sentimento de quem se livra de uma prestação, não honra a Deus

Muitos crentes ao ofertarem e dizimarem tem na contribuição, não um prazer, um motivo de adoração e gratidão;  mas, um desencargo, um alivio.  Muitos, no momento que entregam sua oferta, vão tristes e como o coração apertado. E,  se pudéssemos ouvir suas almas, por certo ouviríamos:
- Ufa!...Consegui!...
Tais ofertantes não podem jamais honrar a Deus.  Pois, o Senhor não se agrada de quem oferta ou dizima, como quem  se livra de uma prestação das Casas Bahia.  
Por certo, contribuir assim,  é um pesado fardo;  quando na verdade,  deve ser um ato de fé e de grande alegria:                                                                                                  
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade;  porque Deus ama ao que dá com alegria.” (1 Co 9:7)

Pastor Marcos Antonio


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