sexta-feira, 30 de maio de 2014

OFERTANDO PELA ADORAÇÃO





“...e prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.”  (Mt 2:11)

Duas palavras são inseparáveis no contexto das Sagradas Escrituras: adoração e dádiva.  
Bem verdade que alguém possa dar sem adorar.  No entanto, é impossível adorar sem dar.

A Adoração verdadeira envolve três áreas de suma importância:
1a.) A adoração mexe com meu corpo -  "...e prostrando-se..."
2a.) A adoração mexe com meu espírito - "...o adoraram..."
3a.) A adoração mexe com meu bolso - "...e abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra."
 
Vamos tomar alguns pontos de reflexão sobre a adoração como base motivadora do ofertar que Deus aceita:

1.      Quem adora ao Rei, traz presentes para o Rei
(Mt 2:1-12)
Este texto bíblico se refere aos magos que vieram do Oriente, a procura do Rei Jesus que nascera em Belém de Judá.   Estes magos ilustram com bastante nitidez o perfil de um verdadeiro adorador:

1.1               O verdadeiro adorador não mede sacrifícios para servir ao Senhor.
Eles vieram de terras longínquas, há centenas de quilômetros de Israel.  Mas, motivados por alguma revelação profética da parte de Deus;  saíram de sua cidade, e de comum acordo, empreenderam uma grande e desafiadora viagem até a terra do Senhor.
Por certo, ao longo da jornada, foram convidados pelo desanimo a voltarem ao lar;  certamente as agruras do caminho pelo deserto os abatera muitas vezes.   Mas, a esperança de encontrar o Rei para prestarem adoração, era sempre maior que qualquer desafio e dificuldades que se apresentavam no percurso.
Estes magos ilustram muito bem, aqueles crentes, que por amarem profundamente a Deus, enfrentam desafios de toda ordem e vencem muitas vezes o cansaço, para estarem na Casa de Deus, prestando seu culto.
É sempre emocionante lembrar, dos queridos irmãos, que nos lugares mais distantes, caminham muitos quilômetros (muitas vezes pelo meio das matas), para irem ao culto, adorar ao Rei.
Nunca me esqueci, do que ouvi recentemente de um irmão filho de um pastor pioneiro no Estado do Paraná, que me disse:
- “Meu pai viajava a pé, 40 quilômetros para dirigir um culto.  Muitas vezes, enfrentando frio e chuva; e eu hoje, tenho dois carros na garagem, e muitas vezes tenho preguiça de vir adorar a Deus em sua Casa.”

1.2             O verdadeiro adorador é dirigido pelo Céu
“E perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?  Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” (Mt 2:2)
“E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles,  até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.  
E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande júbilo.”              (Mt 2:9,10)
Aqueles magos não tinham a mão nenhum instrumento de orientação para viajarem.   Nem sequer um mapa que os conduzisse com segurança. Mas, Deus proveu para eles um sinalizador perfeito – uma estrela.   Conforme ela sinalizava o rumo, assim seguiam. Não erraram a direção,  mas vieram pelo caminho traçado pelo céu.
Costumo dizer que como Igreja do Senhor na Terra, Deus nos deu um divino “GPS”, que é o bendito Espírito Santo: Guia Para Sempre.   “Mas, quando vier aquele Espírito da Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...” (Jo 16:13)
Quando com minha família, trabalhamos como missionários na Alemanha (nos anos 95 e 96), ganhamos para Jesus um querido africano de Angola,  o irmão Job Pedro.  Ele nos contou que na região de Benguela, Angola;  possuía dois tios crentes em Jesus, obreiros do Evangelho – que trabalhavam juntos como pescadores.    Certo dia,  foram apanhados em alto mar, por uma grande tempestade.   Tal foi a tormenta, que os fez perder o rumo de volta para casa.    Ficaram perdidos no alto mar, por quinze dias.   E, quando já se encontravam completamente exauridos e sedentos, pois, toda a água potável tinha acabado;   dobraram os joelhos no pequeno barco, e clamaram ao Senhor:
- Senhor, nos envie socorro, se não, aqui morreremos!
De repente, uma luz muito forte brilha no céu,  e pouco a pouco se aproxima deles, e pára sobre o barquinho.   Em seguida aqueles dois servos de Deus, ouvem uma voz forte que saía daquela luz, que lhes dizia:
- Peguem os baldes e os encham com a água do mar.
Ao obedecerem a voz ao Senhor, enchendo todos os baldes que tinham;  ouviram em seguida novamente:
- Agora bebam da água dos baldes.
E para grande alegria, provaram de água doce, água potável da melhor qualidade.     Depois de reconfortados e animados;  em ato contínuo,  o Senhor lhes recomenda:
- Agora, sigam a luz!
Imediatamente, a luz começou a deslocar-se; e os dois irmãos, cada um com seu remo, foram seguindo a luz.   Depois de horas remando, de repente, um deles dá um efusivo brado de alegria:
- Glória a Deus! Olha lá a nossa casa! Estamos chegando! Glória a Deus!
       
1.3             O verdadeiro adorador materializa sua adoração na sua oferta
“E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se, o adoraram;  e, abrindo os seus tesouros,  lhe ofertaram dádivas:  Ouro, incenso e mirra.”  (Mt 2:11)
Com os magos do Oriente aprendemos que o ato de ofertar  deve ser precedido pela sincera adoração.    Biblicamente, não recomendável o serviço preceder a adoração.  Pois, a Palavra nos ensina que a adoração sempre deve anteceder qualquer trabalho que intentamos fazer para Deus.    Notemos o que Jesus disse ao diabo em Mateus 4:10 “...Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás.”     Primeiro Jesus fala de adorar e depois de servir,  porque segundo a Palavra,  a adoração deve sempre preceder o serviço.
O que Deus espera, é que antes de abrirmos o bolso, nosso coração esteja aberto primeiro para Ele.
É significativo, se observar esta verdade bíblica nos magos do Oriente,  que poderiam chegar, e abrirem seus tesouros, ofertarem ao Rei, e depois o adorarem.  
Mas, isto não ocorreu.  Primeiramente, eles se prostram (como fiéis súditos diante de seu potentado); em seguida começam a adorar, para depois abrirem seus tesouros e ofertarem.
Quando todos os crentes entenderem e praticarem esta verdade; algo de grandioso começará a acontecer em suas vidas.  Bênçãos sem medida serão derramadas. Promessas grandiosas serão cumpridas, e uma colheita extraordinária ocorrerá, fruto da semeadura feita com adoração.

2.     Quem adora a Deus, traduz pela oferta o valor   de sua adoração
“E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura;   e atentou o Senhor para Abel e para sua oferta.
Mas para Caim e para a sua oferta não atentou.   E, irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
E o Senhor disse a Caim:  Por que te iraste?  E por que descaiu o teu semblante?
Se fizeres bem, não haverá aceitação para ti?  E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o teu desejo, e sobre ele dominarás.”   (Gn 4:3-7)

2.1             Por  que Deus rejeitou a oferta de Caim:

Primeiro:  Porque Caim ofertou sem adorar
Este tipo de oferta não agrada a Deus.   Já ouvimos o ensino errôneo, de que Deus não aceitou a oferta de Caim, por ser fruto da terra; e aceitou a oferta de Abel, por ser a primícia do seu rebanho. Antes de olhar para a oferta, Deus olha para o ofertante. Acredito que em muitos templos se oferta sem adorar a Deus. Penso que isto ocorre, resultado da falta de ensino bíblico correto a respeito; que fez com que boa parte de nosso povo nestes anos, entendesse de forma errada, que o momento das ofertas no culto, estava dissociada do culto.
Que pasmem os que ainda pensam assim,  ao saberem que o culto no Tabernáculo, e posteriormente no Templo, se resumia em ofertas.  Pois toda a adoração se materializava em ofertas.    
“Dai ao Senhor a glória devida ao seu Nome;  trazei oferendas e entrai nos seus átrios.”   (Sl 96:8)

Segundo:   Porque o coração de Caim não estava na oferta
Quando o nosso coração não está na oferta, ofertamos por costume apenas; e não raras vezes, externamos no gazofilácio, nosso egoísmo e avareza.
Quando o ofertante se funde na sua oferta, isto é; quando o seu coração é entregue com sua oferta, tem a aprovação daquele que sonda os nossos corações.

Terceiro:   Porque o coração de Caim estava cheio de ódio pelo seu irmão
Quando Deus não atenta para Caim e para sua oferta, e este fica fortemente irado contra seu irmão Abel. Imediatamente Deus em sua misericórdia, dá a oportunidade para Caim fazer novamente tudo direito:
  “Se fizeres bem, não haverá aceitação para ti?...” (Gn 4:7).    E para Caim, fazer direito, seria primeiramente pedir perdão a Deus e se humilhar de todo o coração
(Is 57:15), e em seguida procurar seu irmão e lhe pedir   perdão sinceramente.   Feito isto, tomaria a sua oferta e a apresentaria ao Senhor.  
Quantos ofertantes em nossos dias, que se apresentam reprovados diante do Senhor, porque não perdoam seu próximo.   Jesus nos ensina, que sem perdão e reconciliação, Deus não aceita a nossa oferta:  “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti.   Deixa ali  diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão,  e depois vem,  e apresenta a tua oferta.”    (Mt 5:23,24)

            Quarto:   Por que Caim era do maligno
             Nossa oferta de adoração não pode ser aceita por Deus, se estamos comprometidos com o diabo.
           “Não como Caim, que era do maligno...”  (1 Jo 3:12)

            2.1  Por que Deus aceitou a oferta de Abel ?

Primeiro:  Porque Abel antes de dar sua oferta, se deu primeiro ao Senhor
É significativa a expressão do texto bíblico, que em tempo algum declara ter Deus atentado para a oferta e depois para Abel: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura;   e atentou o Senhor para Abel e para sua oferta.”

Segundo:  Por que a oferta de Abel foi semeada com fé                                                                                         
“Pela fé,  Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que
 Caim,  pelo qual alcançou testemunho de que era justo,  dando Deus testemunho de seus dons, e, por ela,  depois de morto, ainda fala.”  (Hb 11:4)

Terceiro:    Porque Abel sabia que a melhor oferta é um coração quebrantado e contrito diante de Deus
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado;  a um coração quebrantado e contrito não desprezarás,  ó  Deus.”  (Sl 51:17)
Abel nos ensina que antes de abrirmos o nosso bolso, devemos abrir o nosso coração inteiramente.  E, não somente abri-lo, mas, rasgá-lo diante dele:               “E  rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes.,  e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus;   porque Ele é misericordioso, e compassivo,  e tardio em irar-se,  e grande em beneficência e se arrepende do mal.”  (Jl 2:13)

3.      Preciosas lições sobre adoração com os vinte e quatro anciãos
     O apóstolo João, ao entrar na sala do Trono, em Apocalipse quatro, vislumbrou o mais precioso cenário de adoração a Deus.
Dos vinte e quatro anciãos (que são sem dúvida, seres angelicais de elevada hierarquia nos céus), podemos aprender uma verdadeira aula sobre adoração:

Primeira lição:     Proximidade de Deus é uma das características do verdadeiro adorador
“E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos;  e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos...” (Ap 4:4)
Muitos crentes imaginam serem adoradores, em decorrência de virem ao templo, uma ou duas vezes na semana.  Mas, a adoração segundo Deus, é mais do que um tempo na igreja,cantando louvores.   A adoração é mais do que um momento de culto, é um estilo de vida.   Tanto é que a palavra adoração no Hebraico significa curvar-se e render-se completamente ao Senhor.
Segunda Lição:     Santidade é a virtude essencial do verdadeiro adorador
É significativa a expressão da palavra ao descrever as vestes dos vinte e quatro anciãos:  “...vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas...”  (Ap 4:4)
Como adorar ao Rei com as vestes sujas?  Impossível.     Adoradores verdadeiros lavam suas vestes espirituais no Sangue do Cordeiro:  “Mas, se andarmos na Luz, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” (1 Jo 1:7)
“Bem aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no Sangue do Cordeiro,  para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.”              (Ap 22:14)

Terceira lição:   Depositar aos pés do Rei o que temos, é prova de adoração
“Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono,  adoravam o que vive para todo o sempre e lançavam suas coroas diante do trono, dizendo:    Digno és,  Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque Tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” 
(Ap 4:10,11)
O Senhor nos tem coroado com suas bênçãos, com sua Graça e Bondade.
 Que o adoremos na beleza de sua santidade, oferecendo-lhe o nosso melhor, tão bem ilustrado, no magistral gesto de adoração dos vinte e quatro anciãos, ao tirarem as coroas de suas cabeças, e as depositando aos pés de Cristo.
É na adoração que nossos dízimos e ofertas, ganham uma dimensão celestial.  E, nesta ambiência gloriosa, entregamos tudo o que somos e temos, aos pés daquele a quem tanto amamos.
A Ele todo louvor e toda a glória, para sempre!  Amém!

Pastor Marcos Antonio

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