Alguém disse certa vez: Quer saber quantos amigos você tem... faça uma festa; mas se quiser
quem é seu amigo... fique doente.
Vivemos o tempo da falta de amigos verdadeiros;
aqueles que se pode descortinar a alma e não esconder mazelas e debilidades.
É usual para a grande parte dos pastores, mostrarem
sempre a face de alguém imbatível, sempre invencível, quase angelical. Somos treinados a sorrir enquanto o coração
chora, a externar marcas de
infalibilidade, mesmo estando em grande angústia e dor. Com o tempo, nos tornamos argutos atores no
palco eclesiástico, maquiando imperfeições e engolindo lágrimas.
Achamos que externar o choro da alma e compartilhar os
defeitos,são sinalizadores de fracasso ministerial e de covardia.
Mas, nos enganamos, pois os valentes e corajosos,
podem viver e respirar em liberdade plena, porque ao abrirem o coração, são
tratados e restaurados.
Você, meu caro colega de ministério deve estar
pensando:
- Sim, tudo isto é verdade; mas, abrir o coração pra quem...
Esta triste realidade entre a grande maioria de
pastores, revelam um quadro dos mais nefastos em toda a caminhada da Igreja na
Terra: a crise do amor fraternal em todos os níveis.
Certa vez atendi um pastor que me disse em lágrimas:
- Preciso que o irmão me escute e ore por mim.
Em meio a conversa ele confessou, que apesar de ter
dezenas de colegas no ministério, a nenhum deles podia abrir o coração e
chorar; pois isto seria matéria prima para os mesmos aquitetarem o mal para
tomarem o seu lugar. Que lástima, que
tristeza!...
Oramos e choramos juntos por algumas vezes, até que
pode vencer com ajuda do Senhor. Hoje,
tenho notícias de como este querido amigo tem sido usado por Deus para
pastorear seus pares no Santo Ministério.
O que se diria de um pastor evangélico, tomar seu
carro e viajar uma hora todos os meses, e procurar um padre católico para
conversar. Por certo, a maioria
esmagadora de “xiitas” espirituais, chamariam tal pastor de herege, desviado ou
coisa assim. Mas, tal fato ocorrreu com
um pastor americano por muitos meses; que
por não ter um verdadeiro amigo em sua Convenção, encontrou em um
sacerdote católico: amizade sincera, ética e disposição para ouvi-lo.
Meus queridos pastores, busquemos um batismo de amor
divino. O mesmo descrito em Romanos 5:5; e que esta bendita caldal, ununde
nossa alma pastoral de amabilidade e carinho.
Oro para que o pacto de amizade sincera e ajuda mútua
praticada por Davi e Jonatas, se repita em nosso labor, e que com o coração
cheio de compaixão, possamos derramar sobre os nossos irmãos, o bálsamo da
restauração.
No amor de Cristo que nos fez irmãos,
Pastor Marcos Antonio da Silva
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