sexta-feira, 2 de abril de 2010

HUMOR SEM OFENSA (LIVRO ONLINE)





HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DE MEUS IRMÃOS
Marcos Antonio da Silva


O relato destes fatos verídicos não traduz de minha parte, falta de reverência ou desrespeito com o “sagrado”. Na verdade, no desejo de cumprir o papel de um modesto cronista, que tentou escrever um pouco a respeito de fatos engraçados, que dia a dia fazem parte do povo de Deus.
Aos religiosos mais radicais, lembro as palavras do sábio Salomão em Eclesiastes, que diz: há “tempo de chorar e tempo de rir...” (Ec 3:4)





INTRODUÇÃO PELO PASTOR JOSÉ PIMENTEL DE CARVALHO
Presidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Curitiba - Paraná

Solicitou-me o Pr. Marcos Antonio, que fizesse a apresentação deste, com o título HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DE MEUS IRMÃOS; o que faço com muita satisfação, principalmente por saber que são histórias cujas origens foram criteriosamente verificadas e os personagens arguidos sobre a veracidade das mesmas.
Fatos engraçados e muitas gafes são cometidas diaria mente também nas igrejas, e isto tem uma explicação: No decorrer de um culto e na maioria das reuniões eclesiásticas, tudo é feito sem um ensaio prévio, as pessoas quase sempre falam de improviso, e por isso a probabilidade de deslizes é maior, ainda mais, quando o orador não está habituado com o linguajar cristão.
A Palavra de Deus nos diz que “O coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15:13). E, uma das expressões mais evidentes da alegria é o bom humor.
O querido pastor Josué Gonçalves, numa das vezes que esteve em Curitiba, ocasião em que falou do interessante senso de humor de Deus, quando ao criar todas as coisas: Criou a girafa com aquele enorme e comprido “pescoção” para segurar uma cabeça diminuta; o rinoceronte com aquele “cabeção” e um enorme chifre acima do nariz.
Contava o pastor Moisés Soares da Fonseca, de saudosa memória, o caso da irmã que foi dar um testemunho e contou que foi ao céu, e viu lá vários velhinhos de cabelos brancos e barbas brancas. Um era Abraão, outro Isaque, Jacó, Noé, Moisés...
O pastor naquele momento, interrompeu a irmã e lhe disse:
“Sente-se, a irmã está equivocada, a senhora não foi ao céu, e sim a um asilo de velhos !
Neste tempo de tantas pessoas mal-humoradas, tensas, tristes e desanimadas, esta obra surge como alento e refrigério.
Diante do exposto, recomento a leitura destas “histórias engraçadas”, ao mesmo tempo em que sugiro que você sorria bastante e recomende a outros; pois o efeito terapêutico desta leitura será altamente benéfico a todos.


PREFÁCIO

JOSUÉ SILVESTRE
Presidente da Academia Evangélica de Letras do Brasil
Jornalista, Historiador e autor, entre outros, do livro “Tempo de Rir”

Por mais carrancudos que sejam alguns dos nossos, talvez imaginando que cara feia seja sinal de santidade, somos, definitivamente um povo alegre.
A certeza da Salvação em Cristo, com a conquista das bençãos divinas durante a preregrinação terrena e ainda a garantia do Arrebatamento ou da Ressurreição em corpo glorioso para a plenitude festiva da eternidade, não podem implicar em paz e bem-estar somente no plano espiritual.
No contexto da vida material, que envolve a família, os colegas de estudo e de trabalho, os amigos, os irmãos na Fé – um comportamento de descontração, de alegria, de bom humor, faz parte sem dúvida, do legado de felicidade que o Plano da Salvação nos conferiu.
Claro que não defendemos aqui a pändega, a chocarrice, a irresponsabilidade do descompromisso com a seriedade das tarefas e regras da vida em sociedade.
Sabemos também que nem sempre é possível rir. Jesus ensinou: No mundo tereis aflições... Mas, disse em seguida, que é preciso ter bom änimo,
e bom änimo é incompatível com tristeza permanente, semblante de poucos amigos.
Insistimos, portanto, na afirmação de que a alegria deve ser uma das marcas do cristão-evangélico, porque quem tem uima vida espiritual centrada na fé, na esperança e no amor, não pode fazer do mau humor e da má educação no trato com seus semelhantes, uma rotina de relacionamento.
Felizmente, a maioria da nossa gente aceita e vive essa verdade e assim se comporta, confirmando a asseveração do sábio quando disse: O coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15:13).
Na verdade, somos uma grande e crescente família espiritual, formada de pessoas provindas das mais diversificadas origens no ämbito da cultura, dos costumes regionais, da posição sócio-econömica. E esse caldeirão provoca, inquestionavelmente, o surgimento de ações e reações as mais diversas na vida comunitária. Nesse amplo laboratório teriam de surgir as situações que implicam em equívocos, esquecimentos, improvisações, gafes, enfim, episódios risíveis.
Como consequencia disso, vem crescendo entre nós, o gënero literário HUMOR EVANGÉLICO, através de livros, charges e cartuns, que registram esses momentos para deleite de quem tem a capacidade de rir.
Ivan Espíndola D’Ávila, Juarez Azevedo, Jaziel Botelho e outros tëm reproduzido em saborosos textos e desenhos geniais, situações hilariantes que acontecem nas nossas igrejas, em cultos, reuniões, ensaios de grupos musicais, viagens, etc.
É irreverëncia...É desrespeito...É sacrilégio... Depende. O bom senso dos autores impõe uma autocensura para evitar a narrativa de estórias que possam redundar em humilhação ou redicularização dos seus protagonistas ou que deixem margem a generalizações ou a depreciações sobre o ambiente se seriedade, devoção e espiritualidade reinante nas igrejas genuinamente evangélicas.
Feita essa introdução necessária, com muita satisfação, vemos surgir mais um escritor de fatos inusitados ocorridos na comunidade evangélica brasilieira. Trata-se do pastor Marcos Antonio da Silva, capacitado e jovial ministro da Assembléia de Deus, formado aos pés do veterano e bem humorado pastor José Pimentel de Carvalho, um exímio narrador de saborosíssimos episódios acontecidos no contexto evangélico.
O livro do pastor Marcos Antonio, intitulado: HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DE MEUS IRMÃOS, será, tenho certeza, um best-seller.
Privilegiado com a leitura do texto ainda inédito, soltei boas gargalhadas da primeira a última página, e ainda honrado com o convite para dar esta palavra introdutória.
Assim, fico duplamente grato ao autor: pelos momentos gostosos em contato com esse repositório de alegria que é o seu livro e pela homenagem da escolha como introdutor.
Pastor Marcos tem o dom da narrativa inteligente, solta, encadeada (é um dos melhores pregadores e ensinadores bíblicos do país), e vem juntando os “causos” ao longo de sua trajetória ministerial que inclui, também, temporadas de estudos e de ministração na Alemanha e nos Estados Unidos.
Que venham outros! Há muita coisa engraçada acontecendo por aí todos os dias...



FORÇA DE EXPRESSÃO DA SIMPLICIDADE

Relatou-me o meu sogro, Pedro Pereira, ministro do Evangelho, um fato que testemunhou com toda a alegria de seu coração e que é extremamente cômico. Ocorreu com uma irmã já idosa de sua Igreja:
— Irmãos, que grande bênção eu recebi: minha casa passou por uma reforma e agora está toda “encapetada”.

Ela queria dizer “acarpetada”.
Apesar do coletivo riso, todos entenderam a mensagem que ela quis passar.



NÃO ERA OBRA MALIGNA...

O extrovertido irmão Isaque contou-me de um irmão fervoroso que, ajoelhado, orava durante uma vigília em sua igreja.
Conforme clamava, ao levantar a cabeça (mantendo os olhos fechados), sentiu que algo o sufocava, apertando fortemente seu pescoço.
Afligido e pensando tratar-se de uma obra maligna para impedi-lo de orar, gritava, ofegante pela falta de ar:
— Sai diabo ! Eu te repreendo!... Tu tá me enforcando, infeliz !...
Na mesma hora, o irmão que orava ao seu lado apressou-se em esclarecer:
— Irmão, não é o diabo, é a ponta de sua gravata que está presa embaixo do seu joelho!

O ministério cristão adverte:
ao fazer o nó, deixe a gravata na altura certa para não passar por situação semelhante.



LAMPIÃO, NÃO !

Contou-me o pastor Geziel Gomes a história de um impasse ocorrido com dois obreiros lá do nordeste do Brasil.
Ao se encontrarem, um disse:
— Como vai, campeão ?
O outro partiu com toda fúria para cima de seu colega, dizendo:
— Lampião, não !

Que situação! Por um problema de audição,
Foi rompida a comunhão,
Pois foi grande a confusão
Feita pelo irmão
Que nunca foi Lampião.


ERRO NA LEITURA

Sempre que vou a Portugal tenho a ventura de rever grandes amigos pastores da boa terra lusitana. Um desses amigos chegados é o pastor Carlos Alberto Salgado, Salgadinho, como todos o chamam.
É dele o registro extremamente cômico que abaixo menciono:
“Um irmão, ao fazer a leitura do Salmo 14:1, leu: “Irmãos, o texto diz:
Disse o Inácio – Não há Deus.”



UMA COLETA SEM SALVA

Quando o irmão Tito foi convidado para trabalhar como auxiliar em sua congregação (Assembléia de Deus no bairro Capão Raso – Curitiba), ficou pra lá de alegre.
Foi para o culto todo garboso e ficou esperando o momento em que, pela primeira vez, auxiliaria no trabalho diaconal da coleta das ofertas.
Na hora exata, a pedido do dirigente do Culto, foi à sala da tesouraria para apanhar a salva.
As salvas de coleta, usadas em grande parte das igrejas do sul, possuem um cabo de madeira com uma argola de bronze na ponta onde se encaixa a salva de pano em formato de coador.
Depois de a Igreja ter orado pela oferta, irmão Tito entrou no santuário e iniciou seu trabalho; todos risonhamente olhavam para o dinâmico obreiro.
Surpreso pelos risos e olhares, só então se deu conta de que estava carregando apenas o cabo de madeira com o aro, a salva ficara na tesouraria.


UM SALMÃO ESPECIAL...

Contou-me o pastor José Pimentel de Carvalho um fato extremamente interessante.
Todas as vezes que seu amigo, pastor Anselmo Silvestre, o visita, traz-lhe sempre um bom queijo mineiro. Recentemente prometeu outro presente e comunicou-lhe:
— Desta vez não te levarei queijo, vou te levar um Salmão.

Dias depois o pastor José recebeu de presente o Salmo 119.


E A CORTINA SE ABRIU

Pastoreando a Igreja Assembléia de Deus em Allston, Estados Unidos, em um culto muito abençoado, eu pregava a respeito da libertação de Pedro da prisão em Atos 12.
O local que alugávamos para os cultos pertencia à Igreja Congregacional Americana. O templo, muito antigo (estilo catedral), possuía dois púlpitos, situando-se um deles em ponto mais elevado. Fazíamos normalmente uso do púlpito colocado em patamar inferior por se apresentar mais próximo do público.
Pregava a respeito da libertação de Pedro... naquele ponto culminante da mensagem, em que o anjo vai à frente de Pedro abrindo todas as portas, levantei a mão e disse:
— O Deus que servimos é o Deus que abre portas !
Ao descer minha mão, trouxe abaixo a pequena cortina decorativa do púlpito superior.
Na verdade, foi um momento hilariante.
Um irmão acrescentou:
— Deus abre portas e também cortinas...



AS ALMAS ESTÃO SEDENTAS

O pastor José Garcia relatou-me que em uma das igrejas em que pastoreou, quando realizava um culto, convocou toda a congregação:
— Irmãos, vamos evangelizar domingo próximo. Convido toda a igreja para esse trabalho.
Em meio ao apelo, um irmão corrobora a idéia com todo fervor:
— Sim, irmãos, vamos evangelizar porque “as almas estão sem dente”.

Ele queria dizer “sedentas”.



ALFA E ÔMEGA

Pastor Raymundo de Oliveira, apreciado pregador e escritor, é desses preciosos amigos que o Senhor nos concede pelas sendas do ministério cristão, sobretudo porque nos faz recrear a alma com seu espírito jovial e apreciável senso de humor.
Ouvi dele o que ocorreu em uma das igrejas do nordeste brasileiro, quando um irmão foi pregar sobre o tema: “Jesus é o alfa e o ômega”, baseado em Apocalipse 1:8.
Utilizando-se de sua pseudo-exegese bíblica, explicava aos irmãos, com toda a veemência, o texto em pauta:
— Meus irmãos, Jesus quer dizer aqui que Ele é forte como o “alfa-romeu” e que tem a precisão do relógio “omega”.



IMPROVISANDO O TOM

Certo irmão apresentou-se para cantar um hino; pediu para os irmãos do conjunto instrumental que lhe dessem o tom. O maestro então perguntou:
— Qual é o tom ?
— Ré está bom — disse o irmão.
O maestro indagou outra vez:
— Ré maior ou menor ?
— Me dá um “ ré médio” — respondeu o irmão com toda a certeza.


ELE NÃO COMPLETOU A PALAVRA...

Contou-me o pastor Roque Lourenço que no tempo em que trabalhava na Assembléia de Deus em Ponta Grossa – Paraná, ao lado do pastor José Polini, recebeu certo dia em sua casa a visita do pastor Azarias, que vinha do estado de São Paulo. Em meio à conversa, pastor Roque lhe pergunta:
— Em que cidade o irmão está residindo ?
Já tomado pelo sono, pois sofria de pressão baixa, foi respondendo:
— Eu moro...Eu moro em.. em... Botuca...Botuca...Botuca...
E adormeceu, não dizendo o nome completo da cidade de Botucatu.


TRAZENDO A VIDA, OU A MORTE ?...

Alguns anos atrás, dois queridos obreiros da Assembléia de Deus em Curitiba (pastor Mário Rosa e presbítero Francisco Silva, ambos de saudosa memória) foram atender uma pessoa enferma em sua residência.
Saíram apressuradamente, tendo o pastor Mário no volante.
Pararam bruscamente em frente à casa da enferma, atropelando um frango que saía pelo portão. No mesmo instante, Francisco pergunta assustado ao pastor Mário Rosa:
— Nós viemos aqui trazer a vida ou a morte?


FAÇA ENTRAR O VISITANTE !...

Contou-me o presbítero Dionísio Andreata que, dirigindo um culto lá pelas terras do Rio Grande do Sul, vivenciou um fato extremamente interessante.
Em uma noite muito escura, dessas em que não se enxerga um palmo à frente do nariz, assentado no púlpito, observou pela porta de entrada do templo, em meio à escuridão, alguém que se movia e, segundo Dionísio, erguendo e balançando os braços, como que acenando.
Notando que o personagem não entrava, chamou um diácono e disse-lhe:
— Faça entrar aquela pessoa que está lá fora; já faz tempo está me acenando de lá.
Poucos minutos depois, volta o diácono não podendo conter-se de tanto rir... diz :
— Irmão Dionísio, não é gente, é um cavalo que alguém amarrou lá fora e não pára de balançar a cauda.


SOLTA O CABO DA NAU

O pastor Francisco Assis Gomes vivenciou muitos fatos pitorescos durante o tempo de seu ministério.
Pastoreando em terras do Maranhão, em determinado culto perguntou aos irmãos:
— Que hino vamos cantar, irmãos ?
Um vizinho não crente que residia ao lado do templo, disse da janela:
— Canta o “Solta o cabra danado”
Bastou isso para o riso tomar conta de todos.
Ele se referia ao hino de nossa Harpa Cristã – Solta o cabo da nau.


ÓCULOS ESCUROS ???...

Durante o tempo em que trabalhei como missionário na Alemanha, fui co-pastor na Igreja pentecostal alemã, cooperando ao lado do pastor Ricardo Fink, um querido amigo.
Pastor Fink é desses pastores que não só nos contagiam pela sua vida espiritual autêntica, mas também pelo seu jeito alegre de ser.
Certa noite viajamos para Frankfurt para participar de uma grande Cruzada de Reinard Bonk; no regresso para casa, enfrentamos na rodovia uma verdadeira nebulosidade, densa neblina durante toda a viagem.
Disse preocupado ao pastor Fink:
— A visibilidade está a zero.
Ele, na mesma hora, respondeu-me:
— Tenho uma solução no meu porta-luvas — Apanhou seus óculos escuros e afirmou:
— Meu irmão, agora enxergo melhor, pois usando estes óculos consigo ver a pista perfeitamente.
Confesso que até hoje não entendi, no entanto, tenho que admitir que fizemos 90 km sem nenhum problema.



METE A PEIXEIRA !

Situação extremamente engraçada foi vivida pelos irmãos da Assembléia de Deus de Santos, São Paulo, quando, em determinado culto, ao fazer uso da palavra, o pastor Paulo Correia disse em tom de preocupação:
— Irmãos, o que é que devemos fazer com o obreiro que não aparece em reuniões, não aparece nos cultos de Ceia...O que é que devemos fazer com esse obreiro, meus irmãos?...
Gritou bem alto um bêbado que estava sentado em um dos últimos bancos:
— Mete a peixeira nele !


PRECISA-SE DE NOTISTA !

Interessante foi a experiência cômica vivida por um irmão em Cristo que todos chamavam de Zito.
Pernambucano destemido, com toda a vontade de vencer na vida, veio de sua terra buscar trabalho em São Paulo. Fez viagem sofrida. Ao chegar na capital paulista, tudo lhe era estranho e ao mesmo tempo novidade. Estando a caminhar pelas proximidades da Praça da Sé, avistou ao longe uma placa com um aviso de oportunidade de emprego.
Imediatamente dirigiu-se ao local e entrou na grande fila de entrevistas. Quando chegou sua vez, perguntou-lhe o funcionário:
— O senhor tem prática ?
— Sim, eu sou de lá! — respondeu o irmão Zito com toda disposição. O homem não entendeu a resposta. Zito repetia:
— Eu sou de lá, eu sou de lá! Eu sou nortista.
Rindo muito, o funcionário explicou-lhe:
— Meu amigo, a placa diz: Precisa-se de notista e não de “nortista”.



CACHORRO COM FOME CAÇA MELHOR

No ano de 1990 tive o grande privilégio de pregar na Suécia por três semanas. Fui recebido muito bondosamente pelos filhos dos pioneiros Vingren e Berg.
As pregações eram traduzidas em todos os cultos pelo pastor Ivar Vingren, que também nos conduzia por todas as partes daquele belíssimo país.
Estava hospedado na Fundação Lewi Petrus, bem no centro de Estocolmo.
Num domingo à noite, pastor Ivar veio apanhar-me para o culto e perguntou-me como havia passado o dia e se tinha apreciado a comida sueca servida no refeitório da Fundação. Respondi-lhe:
— Hoje não pude provar a comida sueca, porque o refeitório não abriu.
Notei que o pastor Ivar ficou preocupado e disse-me que eu precisava me alimentar mas que naquele momento não era possível, porque o culto já estava começando. E com todo bom humor, sorriu e disse-me:
— Pastor Marcos, o irmão vai pregar como nunca, porque cachorro com fome caça melhor.


FARISEU DA SILVA

Pastor Roque Lourenço é daqueles amigos chegados que sempre contagiam a todos com seu bom humor.
Convidado para ministrar estudos bíblicos na cidade de Mundo Novo, versou naqueles dias a respeito do palpitante tema: AS CARACTERÍSTICAS DO FARISEU, exortando a igreja a não seguir de forma alguma as negativas atitudes de um fariseu. Terminando o estudo bíblico, aproximou-se dele um irmão que lhe disse:
— Pastor, hoje o senhor acabou comigo!
— Por quê? Indagou admirado o pastor Roque.
— Eu sou Fariseu – asseverou o irmão solenemente. E imediatamente mostrou sua carteira de identidade. Aqui está o meu nome: FARISEU DA SILVA.


COOPERÃOZINHO

Por certo até hoje ninguém encontrou esta palavra em nenhum dicionário de Língua Portuguesa. Mas a criatividade espontânea de nossos queridos irmãos traz vocábulos produzidos em suas regiões ou no repente da conversa.
Tal é o caso ocorrido há muitos anos em uma das congregações de Curitiba, Boqueirão. Era um culto especial. E, no final da reunião, ao agradecer aos irmãos de outras congregações que se fizeram presentes, disse o irmão:
— É com muita alegria que eu agradeço o “COOPERÃOZINHO’ de todos os irmãos.
Naquele dia, a família do verbo COOPERAR ganhou mais um ‘membro’.



UM SIMPLES EQUÍVOCO...

Participava de culto em minha Igreja em Curitiba, quando um de meus colegas de ministério foi ler a Bíblia e fazer oração pelos Pedidos de Oração. Um dos pedidos lidos por ele referia-se ao acidente sofrido pelo maestro do coral, irmão Silas Viana; o maestro encontrava-se hospitalizado no Hospital do Exército, carecendo das orações dos santos.
Por certo esse pedido de oração não foi bem redigido, porque o meu colega leu assim:
“Irmão Silas Viana, maestro do coral...parece... estar de aniversário... Vamos parabenizar nosso irmão e orar por ele...”


SERIA “GALFO”?

Fui convidado a pregar em um evento de confraternização da Escola Bíblica Dominical, no município de Piraquara, Paraná, no bairro de Jardim Primavera. O tempo estava bom, o que permitiu uma boa freqüência naquela manhã de domingo. No término do trabalho, um dos irmãos que liderava o evento foi avisar que o almoço de confraternização seria realizado no refeitório da igreja, e disse:
— Irmãos, eu espero que cada um tenha trazido a faca e o GALFO para o almoço.
O riso foi geral, o que fez o irmão explicar a razão de dizer GALFO:
— Os irmãos estão rindo de mim porque eu disse GALFO... Mas quero dizer aos irmãos que há poucos dias eu disse para alguém GARFO e essa pessoa me repreendeu e me disse que o correto é GALFO.



E O SAPATO VOOU...

Há muito tempo ouvia falar da história que abaixo menciono; pensava não ser verídica.
Refiro-me ao que aconteceu com o pastor Azarias, hoje aposentado.
Estando em um final de semana em Botucatu, São Paulo, ministrando a Palavra de Deus em um congresso da juventude, tive a ventura de visitar o pastor Azarias em sua casa. Em meio à conversa, perguntei-lhe a respeito da história de sua experiência: que em um determinado culto, seu sapato voara sobre os irmãos. Indaguei-lhe sobre a veracidade do assunto. Ele prontamente respondeu:
— Sim, é verdade. E isso corre mundo, meu irmão. Foi na igreja na cidade de Primeiro de Maio, próximo de Londrina. Estava eu pregando com todo entusiasmo, quando disse: Vou dar um chute no diabo!... E ao projetar meu pé com força, como me esquecera de amarrar o sapato naquele dia, o sapato voou e caiu no meio da igreja.



ORAÇÃO PELO FÍGADO

Contou-nos a doutora Vera Andreata que, estando em um culto em determinada igreja evangélica na cidade de Joinville, Santa Catarina, foi tomada pelo riso quando um irmão foi ler os pedidos de oração:
— Temos aqui um pedido de oração por uma pessoa que está sofrendo DOS FÍGADOS... Meus irmãos, vamos orar mesmo, pois sofrer males que atacam um fígado já é difícil, imaginem dois...



CRIANÇA É UM CASO SÉRIO...

Surpreendente é a história vivida pelo pastor Osnir de Souza Lima quando, após pregar, fazia convite de Salvação em uma cidade no interior do Paraná:
— Quem deseja aceitar a Cristo como seu único Salvador? Quem deseja? Quem deseja?
De repente entra na igreja sua filha Gelseni, naquela época muito pequena, trazendo um gato. Chega diante do púlpito, levanta o gato e diz:
-— Pai, ele quer !



UM CORINHO ESTRANHO

Contou-me a dileta irmã Jandira, membro de nossa Igreja em Curitiba que, quando seus filhos Ismael e Eliazel eram crianças, foram apresentar-se em um corinho. E cantaram:
— “Ai, tatu, tatuzinho...me abra a garrafa e me dá um pouquinho...” – Cantaram não um corinho evangélico, mas a música que, na época, tocava em todo o Brasil pelas emissoras de rádio; música de uma propaganda de aguardente.
A inocência e a singeleza de coração das crianças sempre dão lugar a esses acontecimentos pitorescos.



COINCIDÊNCIA

Pastor Roque Lourenço contou-me o que lhe sucedeu em Telêmaco Borba, Paraná. Chegava ao templo bem no exato momento em que o pregador falava a respeito de a música profana estar ameaçando invadir as igrejas.
O interessante foi que quando o pastor Roque estava entrando, no mesmo instante disse o pregador:
— Irmãos, tomemos cuidado, porque o ROCK está entrando na igreja.
Todos os irmãos olharam para o pastor Roque, o que deixou o ambiente contagiado pelo riso. Foi uma cena de cômica coincidência.



UM GATO NO ALÉM?...

Meu sogro, irmão Pedro Pereira, contou-me de uma irmã que fora chamada para dar seu testemunho, e que surpreendeu a todos com seu desejo antibíblico:
— Meus irmãos! — dizia ela — meu gatinho de estimação morreu hoje; mas eu tenho uma convicção muito grande de encontrá-lo lá na Céu...



MOMENTO IMPRÓPRIO PARA OFERTAR

Alguns anos atrás, o companheiro de ministério, pastor José Pires, pediu-me para atender à cerimônia fúnebre de uma Irmã, no bairro Santa Helena, em Curitiba.
Chequei alguns minutos antes para acertar a programação do culto; quando ia iníciá-lo, um diácono com uma salva de ofertas nas mãos posicionou-se ao lado do caixão e disse-me:
— Pastor, quando o senhor quiser que se recolham as ofertas, é só determinar, que eu já estou preparado.
Respondi-lhe:
— Não, hoje não recolheremos ofertas.



UMA PROFECIA SEM NEXO

Comecei a cooperar no trabalho do Senhor em minha tenra idade e ajudar na Escola Bíblica Dominical, esta foi minha primeira atividade. Lembro-me de que, lecionando em minha classe, fui interrompido por um irmão que profetizava para mim:
— Meu servo, leia S. Marcos, 17.
Confesso que até hoje não encontrei o referido texto.



ERRO GRÁFICO

O clima era de missões para a congregação do Bairro Alto, na cidade de Curitiba-Paraná. O pastor local na época era o João de Matos.
Ficou decidido que a igreja realizaria um grande Encontro de Missões. Fizeram todos os preparativos: pregadores, cantores e todas as pessoas envolvidas. Enviaram para a gráfica o pedido para a confecção de todos os programas da festa que tinha como tema: OS CEIFEIROS DA ÚLTIMA HORA.
Ao ficarem prontos, encontrei-me com o pastor João em frente ao templo sede, na Av. Cândido de Abreu. Ele me disse:
— A gráfica cometeu um grande erro em nossos programas. Veja o que está escrito...
Li o que estava escrito em letras garrafais na capa do programa: OS CONFEITEIROS DA ÚLTIMA HORA.



UM ENGANO NA TRADUÇÃO

Estava ministrando a Palavra na Escola Bíblica de Obreiros em Santa Ana, Califórnia, USA, na Iglesia Nueva Vida, pastoreada pelo pastor Paulo Rosa.
Como a maioria dos obreiros era de língua espanhola, fez-se necessária a ajuda de um tradutor. Fui prontamente socorrido por um irmão brasileiro que tem domínio do espanhol.
Em meu tema discorria sobre Davi e Jonatas em 1 Sm 18. Em dado momento, em minha dissertação, disse:
- Davi era procedente de Belém.
Meu tradutor, acredito que tomado pelo nervosismo diante da responsabilidade de traduzir corretamente, traduziu algo inteiramente novo, que surpreendeu a todos, disse ele:
- Mi queridos hermanos, Davi nasció en Belém, una ciudad del norte del Brasil.



VENCIDA PELO SONO

Irmã Antonia, que já dorme no Senhor, certa vez foi orar antes de deitar-se. Como estava muito cansada, levando-se em conta sobretudo o peso dos anos, foi vencida pelo sono enquanto orava; mas mesmo vencida pela modorra, orava:
— Senhor, o mico é teu! Tu sabes que o mico é teu!
Sua filha, que estava no quarto naquele momento, surpresa pelo sucedido, despertou sua mãe:
— Mãe, o que é isso que estás orando?
Despertada, irmã Antonia disse:
— Meu Deus! Me perdoe! O que é que estou orando, Jesus?...
Foi logo dormir, concordando que orar quando se está cansada não é recomendável.



MEDO DE ALTURA

Meu mano Edson, que também é ministro do Evangelho, relatou-me que, quando pregava na congregação de São Braz, em Curitiba, falava sobre o céu. Um bêbado que estava assistindo ao culto disse:
— Eu não quero ir para o céu! Eu tenho medo de altura!



ENTRADA SOLENE

Conta-se de uma cerimônia de casamento que um coral fora convidado para entoar louvores para a alegria dos nubentes e, segundo a programação, a primeira participação do coral se daria quando o noivo adentrase o templo.
Logo que o sorridente rapaz apontou na porta, o coral se pôs a cantar:
— “Oh! Pecador vem à fonte, com o teu fardo de dor...”



CONFLITO ENTRE IRMÃS

Josué Silvestre, apreciado escritor e jornalista, é desses preciosos irmãos cujo o senso de humor nos contagia. Ele contou-me a respeito de duas irmãs idosas, muito amigas, e que por muitos anos sentaram-se lado a lado durante os cultos.
Certo dia discutiram tão seriamente que a comunhão foi rompida, mas não deixaram de freqüentar a igreja, ocupando o mesmo banco.
Durante a Escola Bíblica Dominical, cada aluno, ao ser chamado, respondia com um versículo bíblico. Quando a primeira velhinha foi chamada, levantou-se e respondeu:
— “Eu sou o pão vivo que desceu do céu...”
Logo, em seguida a segunda foi também chamada, e disse:
-— “Quem comer desse pão morrerá !”


E A BICICLETA FALOU...

Há alguns anos ouvi um testemunho dado por um irmão, em um culto na Assembléia de Deus na Vila Hauer, em Curitiba.
O referido irmão, tido por todos como um crente fervoroso e muito espiritual, a partir daquele dia teve a espiritualidade colocada sob suspeita quando disse:
-— Meus irmãos, ia para o meu trabalho de bicicleta, quando ela estragou. Fiquei irado em razão de estar muito atrasado. Confesso que extrapolei diante da situação. Desferí um chute violento contra minha bicicleta. Irmãos !... Deus me corrigiu! No mesmo instante, a bicicleta deu um salto, ficou em pé na minha frente e falou: Porventura, não sou eu que te levo para o trabalho todos os dias ???...


QUE LAMA É ESSA ?

Cômica foi a explicação do significado das palavras hebraicas ditas por Jesus quando estava no Calvário, segundo um pregador do interior do nordeste brasileiro.
Dizia ele:
— Igreja do Senhor!
E Jesus disse naquela hora de dor:
— Eli, Eli, lama sabactni...
Meus irmãos, Jesus aqui fala de lama; mas não é essa lama nojenta aqui da terra, isto é lama santa, lama do céu...



MUITO BEM ACOMPANHADO


O caro pastor Wilton de Oliveira Júnior, estimado amigo, contou-me que chegando em uma das congregações, da Assembléia de Deus em Curitiba, foi perguntado pelo dirigente do culto:
- O irmão veio só, ou está acompanhado por mais alguém ?
- Eu vim com a Trindade - respondeu irmão Wilton (referindo ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo).
O culto prosseguia animado; no momento das apresentações, referiu-se o dirigente da seguinte maneira:
- Quero apresentar o Pb. Wilton de Oliveira Júnior, que se faz acompanhar de sua esposa, a irmã Trindade...Onde está nossa irmã?...



O IRMÃO FALA LÍNGUAS ?...


Um prezado irmão e amigo da cidade de Joinvile, Santa Catarina; enquanto novo convertido, em entrevista para o batismo em águas, foi indagado:
- O irmão fala línguas ?
- Ainda não, mas pretendo me matricular em um curso de línguas por estes dias.



PASTORES INSIGNES

Meu estimado amigo, pastor Josué Soares da Silva, ministro presbiteriano, contou-me de um culto de despedida e posse de obreiros.
O pastor que oficiava a cerimônia, disse:
- Irmãos, vamos proceder da seguinte forma: Faremos duas orações – a primeira para o
“insigne partinte”, e a segunda, para o
“insigne ficante”.

Livro: HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DE MEUS IRMÃOS
Pastor Marcos Antonio da Silva

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