quarta-feira, 19 de maio de 2010

UM MILAGRE CHAMADO PERDÃO



O dia 7 de dezembro de 1941, deixou registrado a maior derrota naval da história dos Estados Unidos, quando 350 aviões japoneses, após levantarem voo de seus porta aviões, percorreram 360 kms até chegarem a Pearl Harbor. As primeiras bombas foram lançadas ‘as 7:55 a.m.. O ataque foi tão rápido que apanhou todos os americanos de surpresa. Uma hora e meia depois, os aviões japoneses regressaram aos porta aviões, deixando um rastro de sangue e destruição com um total de 2403 mortos.

O piloto japones que liderou o ataque chamava-se Mitsuo Fuchida. Fora escolhido, em razão de seu preparo e méritos conquistados na Força Aérea do Japão.

A resposta americana não tardou. Aviões de guerra liderados pelo general Jimmy Doolittle, após atacarem o Japão; ao regressarem, aterrisam, por falta de combustível, em território controlado pelos japoneses. Os pilotos americanos são presos imediatamente.
Um destes pilotos chamava-se Jake DeShazer, que foi detido durante 4 anos num campo de prisioneiros de guerra, onde foi espancado, maltrado e quase morreu de fome. Passou 40 meses em prisões japonesas, 36 delas em confinamento solitário. Tres de seus colegas pilotos foram executados e outro morreu lentamente por inanição.
Jake já nutria grande ódio pelos japoneses a partir do ataque a Pearl Harbor, ódio este que multiplicou-se pelas atrocidades sofridas.
Mais tarde, ainda preso; recebeu com os demais detentos, literatura em Ingles. Dentre os livros e revistas, receberam Bíblias; e uma delas, chegou ‘as mãos de Jake. Foi a primeira vez que teve contato com a Palavra de Deus.
‘A medida que lia a respeito de Jesus Cristo e seu amor, a mensagem do perdão, o tocava profundamente. E, em junho de 1944, Jake deShazer entregou seu coração a Jesus Cristo em um campo de prisioneiros de guerra na China. Naquele dia glorioso, testemunhou que, todo ódio, raiva que sentia pelos japoneses desapareceram.
Estando preso, Jake começou amar os guardas japoneses.
Quando a Guerra terminou, voltou para os Estados Unidos e matriculou-se na Seatle Pacific University, e preparou-se para a Obra do Ministério. Depois de formado, regressou ao Japão como missionário, onde pregou por todas as partes e escreveu folhetos evangelísticos.

Em 1950, o piloto que liderou o ataque a Pearl Harbor, Mitsuo Fuchida, foi a estação para tomar um trem para Tóquio; e quando estava andando pela plataforma, alguém lhe entregou um folheto, que tinha por título: “Fui prisioneiro no Japão”. Primeiramente pensou que se tratava de mais um folheto sobre mais um relato das atrocidades japonesas. Mas ao conferir, soube que a mensagem daquele pequeno pedaço de papel, trazia a história de Jake DeShazer, o piloto americano que aceitou a Cristo enquanto prisioneiro do japoneses.
Mitsuo Fuchida foi tremendamente impactado pelo relato de um homem, que havia em outro tempo, odiado os japoneses, mas que agora dedicava toda sua vida para alcançá-los para Jesus.
Depois de ler este folheto, Mitsuo conseguiu uma Bíblia e começou a le-la, a Palavra de Deus que é vida e poder transformou um budista completamente. Sendo digno de nota que o texto chave de sua conversão, foi Lucas 23:34 “Pai perdoa-lhes , porque não sabem o que fazem...”
Abaixo, seguem as suas próprias palavras, acerca da experiencia de sua conversão a Deus:

“Fiquei impressionado com o fato de certamente ser um daqueles pelo qual Jesus orou. Matei muitos homens em nome do patriotismo, pois não entendia o Amor que Cristo deseja plantar dentro de cada coração.
Naquele momento, creio que tive meu primeiro encontro com Jesus. Entendi o significado de sua morte substitutiva, pela minha perversidade; de modo que orei pedindo que perdoasse meus pecados e me transformasse de ex-piloto amargurado e desiludido, em um cristão equilibrado, com propósito de vida.”
Virou notícia do dia a conversão de Mitsuo Fuchida. Os jornais da época no Japão publicaram: “Herói de Pearl Harbor se converte ao Cristianismo”
Familiares e amigos fizeram de tudo para demove-lo de seu propósito, mas nada consguiram. Mitsuo, inflamado pelo amor de Cristo que excede todo o entendimento, tornou-se um fervoroso evangelista, pregando as boas novas de Salvação.


Volto novamente a Pearl Harbor, destacando a história de um jovem chamado Joe Morgan, da cidade de Brockton, Texas.
Criado na igreja Batista, sentiu desde cedo o chamado de Deus para o Ministério; mas, deixou de lado este plano, ingressando na Marinha, pois desejava viajar e conhecer o mundo.
Quando o terrivel ataque japones ocorreu, Joe foi um dos que tomou uma arma para atirar contra os aviões japoneses que destruiam a esquadra naval americana.

Quando a Guerra acabou, Deus lhe fala outra vez de seu Chamado; Joe então vai para um seminário teológico. Em seguida é ordenado ao Ministério pastoral, e por providencia divina, sua primeira igreja como pastor foi no Havaí.
Durante anos Joe lutou contra o ódio que nutria pelos japoneses. Ele mesmo disse:
- “Quando jogamos a bomba atomica em Hiroshima, comemorei. Fiquei feliz, porque finalmente havíamos acabado com um grande número de japoneses”.
Vários anos se passaram, e Joe Morgan continuou pastoreando em Oahu (Hawai), enquanto o ódio e a amargura lhe corroíam o coração.
Em 1956, foi informado por um amigo, que um evangelista japones fora convidado para ministrar em uma igreja Metodista da cidade.
Era Mitsuo Fuchida que havia liderado o ataque a Pearl Harbor.
Joe foi ouvi-lo com grande ceticismo e desconfiança. Depois da pregação, ele confrontou Mitsuo, dizendo-lhe que combateu os japoneses em Pearl Harbor.
No mesmo instante, Mitsuo se inclinou e disse em japones:
- Gomenasai (sinto muito). E, estendeu a mão para um dos homens que ele havia tentado matar naquele triste dia.
Sabem qual foi a reação de Joe Morgan...
Lágrimas em seu rosto desceram e o amor de Deus tomou o lugar de todo ódio, e suas palavras ficaram registradas:
- “Quando ele me estendeu a mão, experimentei o maior milagre de minha vida. O ódio e a raiva desapareceram. Deus me fez perdoar!...”

Que estes relatos tão lindos sobre o milagre do perdão tenha tocado o teu coração, e ao fechar este artigo, o faço com as palavras de Lewis Smedes:

“PERDOAR É LIBERTAR UM PRISIONEIRO E, ENTÃO, SE DAR CONTA DE QUE O PRISIONEIRO ERA VOCE.”


Pastor Marcos Antonio

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